sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Resenha #43 - O Doador de Memórias - Louis Lowry

O Doador de Memórias
Nome: O Doador de Memórias
Editora: Arqueiro
Páginas: 184
Skoob
Sinopse:
Em O doador de memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. | Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. | Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. | Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. | Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.



O Doador de Memórias foi a primeira distopia escrita, lançado em 1993, inicialmente ele foi lançado com o nome de ''O Doador'' mas mudaram o título nessa nova edição para ficar igual ao filme -que eu ainda não entendi porque não ficou como O Doador, mas enfim.

O livro se passa num futuro distópico onde a comunidade vive em harmonia e é tudo certinho e bonitinho. Ninguém reclama de nada, eles apenas vivem a vida que lhes foi dada. Todos recebem comida na hora certa, roupas, bicicletas na idade certa.

O livro é narrado em terceira pessoa mas com o foque no personagem Jonas que está esperando pela cerimônia dos Doze onde ele receberá sua profissão.
Todo ano uma cerimônia acontece. Cada criança tem um grupo de crianças da sua idade e todo ano eles mudam e recebem alguma coisa. Em um ano eles recebem um ursinho de pelúcia, no outro as meninas podem soltar as tranças e os meninos cortam o cabelo, em outro eles ganham bicicleta e cada uma dessas ''conquistas'' significa alguma coisa.
Aos doze anos a criança recebe sua profissão e uma lista de regras a serem seguidas. Isso acontece com Jonas e ele é escolhido para ser o próximo Recebedor de Memórias e assim ele se encontra com o Doador e eles começam a seguir com o procedimento das memórias.

As memórias que Jonas recebe podem ser extremamente dolorosas. São memórias de guerra, fome, perda e solidão, mas há também as memórias boas de amor e felicidade.
No mundo em que Jonas vive eles não tem isso, pois tudo está com o Doador e será responsabilidade de Jonas em breve.
Este é um fardo que apenas um em toda a comunidade carrega. Todos os sentimentos juntos de uma só vez para que a comunidade não sofra com eles pois ''quando temos a liberdade de escolher, fazemos escolhas erradas.''

Mas Jonas quer compartilhar isso com alguém. Ele consegue ver as cores e ninguém mais além do Doador consegue. Ele tenta passar a lembrança para seu amigo Asher, mas não consegue, nem para sua irmã Lily ou seu pai.
Mas eles tem um garotinho em casa de quem cuidam, Gabriel, e ele consegue transmitir para ele.

Gabriel é um doce de criança, eu adoro ele. Ele é uma criança nova que era para ser enviada para uma família no mesmo ano da Cerimônia de Doze de Jonas, mas isso não aconteceu porque ele ainda não estava no mesmo ''nível'' que as outras crianças de sua idade e eles resolveram dar uma chance.

Cada família pode ter apenas duas crianças, mas o pai de Jonas pode cuidar de Gabe por um tempo.

É muito fofo porque ao decorrer do livro você se apega ao bebê também e é muito fofo quando Jonas se apega também.

A criança-nova de bruços, os braços relaxados ao lado da cabeça, os olhos fechados, a respiração regular e serena. Finalmente Jonas também adormeceu.

Então basicamente o livro gira entorno de do recebimento das memórias de Jonas e dele descobrindo sentimentos nunca antes sentidos por ninguém naquela comunidade além do Doador. Além das perguntas que ele e até você mesmo se fazem do tipo ''não seria mais fácil todos terem essas memórias?'' Bom, tudo isso vai para o quase final do livro onde eu não vou falar mais nada -mas foi muito legal, eu adorei e não parei de ler só quando acabei (agora) e então veio o final que te deia meio que... Oi? Como assim?
Mas que eu também não irei falar nada!

Bem, eu gostei do livro, bastante para ser sincera. Eu demorei muito para lê-lo com a atenção necessária, mas quando o fiz não larguei e é bem fácil de ler, uma leitura boa e eu recomendo muito para quem gosta de distopias.
Não é parecido com Jogos Vorazes nem com Divergente, eles estão numa sociedade onde todos estão satisfeitos com o que lhes é dado e a única semelhança seria a cerimônia, que nem é tão parecido assim. E não há motivos para se te comparações desnecessárias, apenas porque é uma distopia...
Enfim, eu super indico. É muito bom, eu realmente gostei. Não tem romance, nem um pouco para ser sincera e eu sou uma pessoa que só se prende num livro se ele tiver pelo menos um pouco de romance... Essa foi uma exceção, porque eu realmente adorei o livro e o máximo que teve de romance nele foi a amizade dele com Fiona ou o amor do Doador por sua filha -haha!- só, porque eles vivem numa comunidade privada de quaisquer sentimentos. Não existe amor, apenas admiração pelo seus talentos ou um gostar.

Bem, é isso, espero que tenham gostado da resenha e agora eu vou assistir o filme para fazer um post comparando (:

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